Os resultados do aguardado relatório State of Data 2022, recentemente publicado pela renomada comunidade Data Hackers, são de grande relevância e merecem sua atenção.
A pesquisa, resultado de um esforço meticuloso para fornecer uma visão abrangente do mercado de trabalho de dados, foi realizada em colaboração com a Data Hackers, maior comunidade de dados do Brasil, e a Bain & Company, renomada consultoria global.
Neste artigo, traremos uma síntese desses resultados, revelando um conjunto de insights que irá aprimorar sua compreensão sobre o cenário atual e as tendências emergentes nesse campo em constante evolução.
A pesquisa, que ocorreu entre os meses de outubro e novembro de 2022, contou com a participação de 4.270 profissionais de dados em todo o Brasil, representando um notável aumento de 61% em relação à edição anterior.
Essa amostra abrangente contemplou uma diversidade de cargos, desde analistas de dados até cientistas e engenheiros de dados, e também considerou diferentes níveis de experiência, incluindo tanto profissionais júnior quanto gestores.
No decorrer da análise, foram identificados insights cruciais que proporcionam uma visão mais ampla sobre o mercado de dados brasileiro. Vamos trazer algumas informações que merecem destaque.
A pesquisa revelou aumento significativo na diversidade dos cursos de ensino superior para profissionais de dados.
Isso indica migração de outras áreas e surgimento de novas posições de análise nas empresas, resultando em maior abertura a oportunidades, com o percentual crescendo de 40,2% (2021) para 64,9% (2022).
Uma outra constatação interessante é que a insatisfação com empregos atuais é impulsionada pela falta de oportunidades de crescimento e remuneração abaixo das referências do mercado.
Além disso, outro ponto tratado foi que os profissionais de dados preferem o modelo de trabalho híbrido, com dias presenciais e flexibilidade remota, escolhido por 52,6% dos participantes, enquanto 39,0% demonstraram preferência pelo trabalho totalmente remoto.
É interessante notar que, caso as empresas optem por retornar totalmente ao formato presencial, 74,3% dos profissionais estão dispostos a buscar novas oportunidades em arranjos híbridos ou remotos.
Entrando no assunto sobre a remuneração dos profissionais de dados, houve um aumento médio de cerca de 4% entre 2021 e 2022, ficando abaixo da inflação oficial de 5,9% no período.
A pesquisa revelou a persistente falta de diversidade entre os profissionais de dados, especialmente entre mulheres e pessoas de diferentes etnias, o que tem impactos significativos em suas oportunidades de carreira e remuneração.
Vale ressaltar que a disparidade salarial é evidenciada por um exemplo preocupante: mulheres pardas e pretas recebem, em média, 23,1% menos do que homens brancos em cargos de gestão.
Também é importante destacar que a remuneração está diretamente relacionada à satisfação com a empresa, pois profissionais satisfeitos têm maior probabilidade de receber salários de até R$ 4.000 por mês.
O relatório State of Data 2022 oferece uma visão completa e aprofundada do mercado de dados no Brasil, abordando a demanda crescente por profissionais qualificados, questões cruciais relacionadas à diversidade, satisfação no trabalho e remuneração.
Portanto, é essencial ressaltar a importância contínua de promover a diversidade e a igualdade de oportunidades nessa área.
Como profissionais engajados, devemos estar preparados para acompanhar as transformações desse mercado empolgante e promissor, enquanto trabalhamos em conjunto para construir um setor de dados mais inclusivo e dinâmico.
Aproveite para acessar o relatório completo do State of Data 2022.
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